Quando Kusiuma deu à luz pela segunda vez, não acreditou no que estava acontecendo. Ela não conseguia identificar o sexo da criança. Naquela tribo, uma criança assim não merecia viver, mas os pais não tiveram coragem de matá-la. O chefe da aldeia, vendo a dificuldade que o casal tinha para sacrificar a criança, recomendou que eles pedissem ajuda aos missionários que moravam ali perto.
A família foi para São Paulo, onde o sexo da criança foi determinado, e uma cirurgia corretora foi realizada. Ao retornar para a aldeia, ela foi foi recebida com muita alegria por todos os parentes. Já está com quase dois anos e é uma menina muito viva e alegre. Mas precisa tomar hormônios pelo resto da vida para que o processo de virilização não volte. Se ficar sem os remédios ela corre risco de vida.