A ATINI tem imensa alegria em homenagear as mulheres indígenas.
Mulheres que vivem hoje momentos difíceis, de intensas transformações nas relações interétnicas em nosso país.
Mulheres que precisam de sabedoria para ajudar as novas gerações a não perder a sua identidade étnica nem sua dignidade pessoal neste processo histórico.
Mulheres que são ao mesmo tempo fortes e delicadas, ao mesmo tempo conciliadoras e questionadoras.
Mulheres que são guardiãs de culturas ancestrais, mas que estão sempre buscando transfomação social e esperança.
Mulheres que amam suas crianças, mulheres genuínas, mulheres de verdade.
Homenageamos Muwaji Suruwahá, que precisou se afastar de seu povo para garantir a vida e a dignidade de sua filha Iganani, portadora de paralisia cerebral.
Homenageamos Kamiru Kamaiurá, que enfrentou uma tradição ancestral, resgatou um bebê que havia sido enterrado vivo, e o adotou como filho.
Homenageamos Diva Kayabi, que adotou três bebês xinguanos que seriam enterradas vivos, e depois fundou uma ONG para defender o direito das crianças do Xingu.
Homenageamos Celina Sateré-Mawé, que construiu um barracão de palha no quintal de sua casa e diariamente oferece alimentação e educação para 30 crianças indígenas carentes do seu bairro.
Homenageamos Sandra Terena, jornalista indígena, que dirigiu um documentário emocionante que mostra pais de crianças sobreviventes compartilhando sua alegria por terem tido a coragem de salvar seus filhos.
Homenageamos também Tejuyalu Waura, Juruka Kamaiurá, Hélia Sateré-Mawé, Lili Terena, Kaitsuka Kamaiura, que junto com as cuidadoras Vanilda, Sarah, Adriana e Graci, estão construindo um futuro de esperança para nossas crianças indígenas!
Parabéns a todas as mulheres da ATINI!