O que seria do Natal se José e Maria não tivessem fugido pro Egito para salvar a vida do menino Jesus?
O nascimento de Jesus, há dois mil anos, levantou suspeitas no meio de seu povo. Os tempos eram difíceis e as autoridades da época decidiram que aquela criança tinha que morrer. Para salvá-lo, seus jovens pais fugiram para o Egito e viveram como refugiados até que o perigo passasse.
O que seria dessa indiazinha se seus pais não fugissem pra cidade grande para salvá-la da morte certa?
Em uma tribo do Amazonas, o nascimento de uma menina também assustou as pessoas no ano passado. Seus pais a amavam muito, mas pelos costumes locais ela tinha que morrer…Eles também fugiram para terras desconhecidas, até encontrarem ajuda na “medicina dos brancos”, e poderem voltar para casa.
Todo ano, mais de cem crianças indígenas do Brasil são condenadas à morte por costumes antigos e por não terem acesso a saúde e educação. O que vai acontecer a essas crianças se ninguém ajudar? Você pode ajudar a transformar histórias de morte em histórias de vida.
A ATINI É UMA ONG QUE NASCEU PARA DAR VOZ A CRIANÇAS INDÍGENAS QUE QUEREM VIVER. E a mães e pais indígenas que desejam lutar pela vida de seus filhos. Até hoje, no Brasil, centenas de crianças são mortas nas tribos indígenas devido a costumes antigos associados à falta de informação, a falta de inclusão social, à falta de esperança. Só em uma das tribos pesquisadas pela ATINI, mais de 200 crianças foram mortas por suas mães nos últimos cinco anos. Muitas foram enterradas vivas, outras foram sufocadas com folhas. Outras simplesmente foram abandonadas no mato.
Muitas dessas crianças são rejeitadas por serem portadoras de alguma necessidade especial. Outras são rejeitadas por terem sido geradas fora de famílias convencionais. Outras ainda são condenadas à morte por serem gêmeas, ou por não serem do sexo desejado. Essa prática constitui uma violação gritante ao direito mais fundamental dos seres humanos – o direito à vida. Além disso, essa prática causa grande sofrimento aos pais de crianças rejeitadas. Esse sofrimento muitas vezes os leva a tomar atitudes extremas. No Amazonas, um pai e uma mãe se suicidaram por não terem coragem de matar suas crianças. No Amapá, uma mãe foi morta na tribo por se negar a matar seu bebê. Muitas mulheres nunca conseguem se livrar do trauma após terem sido forçadas a abandonar na mata um de seus filhos.
Mas existem também histórias maravilhosas de vida. Histórias de pais e mães que resolveram desafiar a tradição para salvar suas crianças da morte. Há mulheres que desenterraram crianças ainda com vida. Há pais e mães que estão até hoje refugiados de suas aldeias. Outros lutam com crianças que precisam de tratamento intensivo, ou com questões legais e burocráticas.
É para apoiar famílias como essas que existe a ATINI. Descubra como se envolver, como ajudar a mudar essas histórias. A ATINI luta pelo respeito às cultura indígenas, ao mesmo tempo que luta pelo respeito aos direitos fundamentais de cada criança indígena.
Se você mora em Brasília, participe do NATAL da ATINI. Estaremos homenageando nove crianças indígenas escaparam da morte e que moram hoje em Brasília. Você vai te a oportunidade de conhecer essas crianças, de saber um pouco mais sobre as culturas indígenas, e de contribuir de alguma forma. Traga um presente de natal, um abraço, uma palavra de apoio para essas famílias. E aproveite para conhecer os projetos da ATINI e descobrir como você pode ajudar.