A pequena Iganani, nascida na aldeia suruwahá já conseguiu muitas viradas em sua vida. Por ser portadora de paralisia cerebral, incapaz de se desenvolver como as outras crianças, foi condenada à morte em sua comunidade. Mas graças à sua força e alegria, e graças à coragem e persistência de sua mãe, Iganani não só sobreviveu, mas está tendo oportunidade de crescer com dignidade e cercada de amor.
Iganani vive hoje em Brasília com sua mãe, e enche de alegria as enfermeiras e cuidadoras na casa da ATINI. Ela é paciente da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, frequenta a AMPARE (Associação de Mães, Pais, Amigos e Reabilitadores de Excepcionais) e foi recentemente recebida no programa da ANDE (Associação Nacional de Equoterapia). Além disso, frequenta a Escola Classe 315 Norte, e é uma das crianças beneficiadas pelo programa de apadrinhamento da ATINI. No mês março Muwaji e Iganani receberam uma visita de funcionários do departamento de índios isolados da FUNAI, que constataram seu bem estar o desejo da mãe de dar continuidade ao tratamento.
Iganani já consegue marchar com a ajuda de um andador, fala suruwahá e português e é muito esperta. Segundo a equipe médica que a acompanha no Sarah, Iganani está tendo um excelente progresso e é possível que, no futuro, consiga andar com a ajuda de bengalas. Se isso acontecer, elas poderão voltar a viver na aldeia suruwahá, junto com o povo que tanto amam.